Café: Preocupações com safra do BR fazem NY subir para máxima de mais de 1 mês

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira com ganhos de mais de 700 pontos, com máxima de mais de um mês. Em Londres, os ganhos foram menos expressivos. O dia foi de atenção por preocupações de que o clima seco no Brasil possa prejudicar a próxima safra.

O principal contrato do arábica na Bolsa de Nova York teve alta de 705 pontos (3,19%), a 228,25 cents/lb na Bolsa de Nova York. Em Londres, o conilon saltou 0,67%, a 2.258 a tonelada.

“Fortes chuvas no início deste mês provocaram floração precoce em algumas áreas, mas o tempo seco subsequente está aumentando a perspectiva de que poderia haver umidade insuficiente para sustentar o desenvolvimento”, disse a agências de notícias Reuters no dia sobre o mercado.

Institutos meteorológicos apontam que os próximos cinco dias as chuvas em áreas de café, se ocorrerem, devem ser leves e isoladas. A previsão para os próximos 6 a 10 dias, de acordo com o serviço meteorológico Maxar, é de condições principalmente secas.

No financeiro, o dia também foi de suporte com alta do petróleo e desvalorização do dólar sobre o real.

Ainda há atenção para os estoques certificados na ICE, como possível fator de pressão. Os estoques de café certificado na ICE, em Nova Iorque, subiram 17.070 sacas. Estão em 627.750 sacas. Há um ano eram de 2.154.886 sacas, caindo neste período 1.527.136 sacas.

“É provável que esses estoques certificados estejam subindo nos últimos dias devido a recertificações de lotes velhos de safras anteriores conforme informado em uma matéria da agência Reuters, que circulou aqui no Brasil no último dia 16”, destaca a última análise do Escritório Carvalhaes.

MERCADO INTERNO

Apesar da variação em Nova York, o dia foi de curtas oscilações nas praças internas do café. O tipo 6 bebida dura bica corrida tinha referência em cerca de R$ 1330,00 a saca em Guaxupé (MG) e R$ 1335,00 em Patrocínio (MG). Na mesmas cidades, respectivamente, o tipo cereja descascado era negociado em de R$ 1404,00 e R$ 1390,00.

Fonte: Notícias Agrícolas