Fazendas recebem R$ 1,5 milhão de investimento para cultivo de café regenerativo

O café produzido em 80 fazendas da região de Guaxupé, em Minas Gerais, vai receber R$ 1,5 milhão em investimentos da Bayer. A empresa selecionou os agricultores da região, que juntos somam mais de 10 mil hectares de terra, para receber consultoria e tecnologia a fim de promover um cultivo regenerativo do grão.

Em participação no Planeta Campo, Mário Araújo, gerente técnico da Cooxupé, cooperativa que representa os cafeicultores, disse que o projeto que chamou a atenção da Bayer já existe há quatro anos e foi desenvolvido a partir da tecnologia de uma startup chamada Quanticum. “[Eles] desenvolveram uma nova tecnologia para ser usada em solos tropicais, que através da qualidade da argila e do magnetismo do solo se estabelecem as zonas de manejo. Estabelecendo as zonas de manejo você tem como escolher o melhor manejo a ser dado naquelas áreas, seja em relação ao uso de corretivos, fertilizantes, os próprios defensivos e quais as cultivares de café a serem utilizadas, de acordo com a qualidade daquele solo. Isso antes era impossível, então já fazem três para quatro anos que nós estamos trabalhando nesse projeto de pesquisa”.

O gerente também conta como o relacionamento com a multinacional começou. “Nós fomos convidados a participar de um programa da Bayer para apresentar os projetos que nós estávamos desenvolvendo na Cooxupé. Nós apresentamos dois projetos, um desses projetos é que foi o vencedor, que é o Coopera Mais, que leva em consideração tudo que eu já falei. Concorremos com mais de 100 cooperativas, ficamos entre as 10 finalistas na classificação e depois nós fomos premiados no quesito inovação”, conta Mario.

A partir de agora, o projeto será implementado na cooperativa para disponibilizar aos produtores as diversas tecnologias que o programa vai proporcionar e o grande desafio do programa está nas mãos da equipe de Tecnologia da Informação. “A tecnologia já está validada. Agora o que vai dar muito trabalho é a parte de TI, é o desenvolvimento da integração dos diversos softwares que foram desenvolvidos. Nós temos o prazo de um ano para estar com o programa todo instalado”, explica Araújo.

Toda a tecnologia e as informações do projetos ficarão disponíveis para os cooperados da Cooxupé. “Essa tecnologia vai estar disponível a qualquer tempo para o cooperado, uma vez que as amostras de solo estabeleceram mapas de fertilidade, zonas de manejo, aí começa o trabalho de campo, e isso aí vai ser usual, todo ano nós vamos estar disponibilizando isso para o nosso cooperado”, diz o gerente técnico da cooperativa.

Mário Araújo também ressalta os benefícios que o programa vai trazer. “Esse projeto vai fazer um grande diferencial, menor uso da terra, uso racional dos insumos e corretivos, uso dos defensivos mais adequados para cada situação de solo, espacialização dos talhões de café, então é muito amplo esse programa”, concluiu ele.

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Fonte: Planeta Campo